sábado, 5 de novembro de 2011

Pecado entre meio irmãos (Parte 2 e final)

Eu esperei a madrugada toda, mas Ric não veio. Apaguei a luz do abajur e dormi, triste. Na manhã seguinte, perdi o vôo da reunião de negócios que precisava fazer em outro estado. Paguei a tarifa para entrar no próximo avião. Estava sonolento, perdendo um dia de prova, apaixonado pelo meu meio irmão. Que grande bagunça estava a minha vida.
Quando nos vimos novamente, ele parecia um completo estranho. Senti-me uma alma penada em seu entorno, pois passava por mim como se pudesse quase atravessar meu corpo, totalmente alheio a minha presença. Isso doeu-me tanto que aproveitei as férias de fim de ano da faculdade, pedi afastamento de um mês da empresa e viajei pra longe. Não suportava mais um dia olhar pra ele e ver que não respondia a nenhuma pergunta minha.
Decidi voltar pra lhe dizer não dava pra continuarmos assim, que me perdoasse se tinha passado dos limites, mas seu pai me avisara que ele tinha embarcado pra outro país. Eu fiquei petrificado como uma estátua tentando acreditar. Ninguém pode de uma hora pra outra ir pra outro lugar assim! Ele foi estudar fora. Respondeu-me. Como estudar? Isso também não era algo que se arranjava em um mês. Não, não era. Continuou seu pai com voz fria. Ric foi ficar trabalhando por lá, depois se arranjaria pra fazer faculdade e dinheiro não lhe faltaria. Eu quis perguntar se fora culpa minha, se Ric contara toda a verdade. Mas, ele me deixara sozinho na sala.
Eu sentei no meu quarto e chorei tanto abraçado a uma camisa de Ric que pensei que meu mundo havia acabado. Era tão ridículo ver um homem se desaguando daquela forma por um garoto desalmado, imaturo, egoísta, medroso! Quando a lágrima acabou, eu jurei que nunca mais iria querer vê-lo.
Eu cumpri minha promessa. Não fui visitá-lo com minha família nos cinco anos que esteve fora. Ric colaborou e também não veio ver-nos. Havia se formado em biologia e estava concorrendo a uma bolsa de pesquisa quando seu pai sofrera um infarto.
Gostaria de lhe dizer que não precisava vir, mas o motivo ia além de mim. Ric desembarcou e foi direto para o hospital. A sua ligação pra minha mãe avisando que estava chegando me deixava tão nervoso, que eu podia sentir meu coração pulsando na garganta.
Meu namorado estava comigo, com uma mão em meu ombro me apoiando. Eu esperava que não percebesse como começava a transpirar sobre a camisa. Os segundos pareceram intermináveis. Fugi:
_Vou sair um pouco, o quarto já está muito cheio... Vem comigo, Vinícius?_pedi.
Paramos no corredor com janelas altas e Vinícius me abraçou dizendo que tudo ficaria bem. Eu olhei sobre seus ombros o táxi parando na porta. Ric saiu dele e eu tive certeza que nada estaria bem. Tinha os cabelos mais curtos, o corpo maior, se vestia arrasadoramente e eu mordi a boca.
_Amor, não pode ficar excitado aqui. _Vini riu no meu ouvido e eu franzi a testa.
_Desculpe. _sentei na cadeira de couro.
_Vou pegar um café pra você. Pode ficar sozinho aqui? _perguntou com carinho. Vini era um cara perfeito, carinhoso, mais velho, bem sucedido, um pouco inseguro, mas um ótimo namorado. Só que ele não sabia que nada podia concorrer com o dono eterno do meu coração.
_Posso. _menti, querendo agarrar sua mão e mandá-lo ficar.
Eu estava assim sentado de frente para o corredor quando vi sua cabeça dourado subindo o degrau e o corpo surgindo aos poucos, em câmera lenta. Ele corria na minha direção pelo longo corredor, mas pareciam passadas vagarosas. Ric parou na minha frente e eu levantei os olhos, em silêncio. Cinco anos de distância e pareciam segundos apenas. Havia mágoa, muita mágoa, mas o amor ainda estava no fundo do coração decantado. Era só agitar que rapidamente se dissolveria no meu sangue causando aquele efeito efervecente.
_Onde ele está?_ perguntou e sua voz estava um pouquinho mais grave, firme.
_Quarto 208. _respondi secamente.
_Está um pouco atrasado, não?_critiquei-o pra feri-lo quando virou-se.
Só seu rosto se virou pra mim.
_Cinco anos sem aparecer. Só vem pra nos enterrar?!_ perguntei.
_Você..._apontou pra mim. _... Fique aí que já volto aqui pra dar um soco nessa sua cara!
_Algum problema?_Vinícius entregou-me o café e perguntou quem era o rapaz.
_Meu irmão. _ virei-me pra janela procurando ar.
_Você nunca fala muito dele pra mim.
Nem pra mim! Bebi o café horrível da máquina.
_Você pode levar seu irmão pra casa, Nando? Ele já deixou as malas lá e veio de táxi. _mamãe pediu.
_Por que ele não volta de táxi também?_perguntei, como se ele não estivesse ao meu lado.
_Não vamos discutir aqui. _Vinícius murmurou pra nós. _Nando pode me levar e depois deixar o Ricardo em casa. _tomou a decisão por mim. Ele não entendia que isso podia ser pior pra ele. _Vamos descansar pra voltar amanhã?_colocou ordem.
Nevava e os três caminhamos pelo estacionamento coberto de gelo. Fumaça saindo de nossas bocas. Cabeças baixas, em silêncio. Entramos no carro e liguei o aquecedor imediatamente.
_Eu não me apresentei ainda, sou o Vinícius, namorado do seu irmão. _ele estendeu a mão pra trás e Ric deu um leve aperto, olhando-me pelo retrovisor.
Acelerei o carro e depois de deixar Vinícius em casa, Ric sentou em seu lugar na frente. Aquele gesto normal me fazia sentir como se ele viesse uma vez por todas ocupar seu lugar ao meu lado.
_Já soube que vai herdar metade da empresa, a casa da minha infância... _disse amargo.
_Veio aqui preocupado com sua herança? Típico seu, filho pródigo.
_Olha quem fala, sou ladrão de herança! _riu, irônico e aquilo me magoou.
_Herança que eu multipliquei, cuidei, suei e preservei enquanto você esteve cinco anos fora?
_Eu estava estudando.
_Mais confortável estar longe, não?
_Sim, era! _olhou-me em cheio e eu continuei dirigindo. Tinha sido uma indireta.
A volta do seu pai pra casa fora comemorada com uma festa para os familiares. A casa estava cheia e eu deixara Vinícius na sala enquanto ia até a cozinha buscar o sacarrolhas com uma garrafa de vinho na mão. Ric estava colocando amendoim em um pote. Olhou-me e depois voltou a se concentrar no que fazia.
_Quando vai voltar? _perguntei.
_Ansioso pra se livrar de mim?_mordeu dois amendoins.
_Não posso disfarçar. _abri o vinho.
_Realmente não consegue disfarçar nada. _riu de mim, como se tivesse querendo dizer outra interpretação.
_Você não merece nenhuma palavra. _passei por ele, mas Ric segurou meu braço, entornando o vinho que estava na minha taça.
_Está com aquele cara?
_Qual parte não ficou clara pra você?_perguntei mais alto, mais forte, mais imponente, rostos próximos.
_Essa. _beijou-me gemendo com o gosto de vinho que encontrou na minha boca e depois afastou-se lambendo e mordendo os próprios lábios quentes. _É, ainda não está nada claro.
Eu continuei parado, absorvendo o choque daquele beijo delicioso, sensações maravilhosas percorrendo por todo o corpo, um frio na barriga o coração disparado.
_Hei, você está aí. _Vinicius entrou e passou por Ric de saída. _Me dá um pouco desse vinho? _beijou-me e quase o afastei com a mão no peito pra que não misturasse seu beijo com o do outro. Este não me provocou nada mais que um aconchegante contato carinhoso. Sem explosões, sem fogos.
Eu fiquei sozinho na varanda bebendo bastante, enquanto ouvia os risos no interior da casa. Ric estava se divertindo e depois iria embora, me deixando desolado depois. Eu não queria sentir de novo aquela dor.
_Querido, tem problema pra você dormir com Vinícius e seu irmão no quarto de baixo? As meninas vão dormir no quarto de cima.
Como? Os três? Lógico que tinha problema!!! Bebi mais vinho e fui o último a entrar no quarto. Vinícius dormia em um colchão e Ric em outro no chão. A minha cama já estava arrumada com edredom afastado. Aquilo era uma tortura do destino. Eu ia dormir do lado de fora, com pau fincado na neve até que este esfriasse.
Deitei-me e depois de alguns segundos, comecei a sentir um cheiro familiar. Era o perfume novo que eu fizera para Ric. O anterior que roubara do meu pai eu precisei quebrar no chão e impedir de uma vez por todas que meu pai usasse e me fizesse lembrar de Ric. Como prometido, eu passara horas no laboratório achando a fórmula perfeita pra ele. Envei pelo correio, mas nunca me mandara um e-mail de agradecimento. Agora eu merecia aquela tortura. O perfume suspenso no ar não me deixava dormir.
_Acordado?_ouvi uma voz rouca e abri os olhos. Ric estava sentado ao meu lado.
_O que está fazendo?! _sussurrei.
_Seu namoradinho idiota bebeu tanto que tá apagado, nem uma motosserra o acorda.
_O que quer?_franzi a testa, afastando-me, deixando o edredom cair e revelar meu peito.
_Lembra-se da oferta?
_Que oferta?_afastei seus braços que tentaram avançar e seus olhos brilhantes estavam acima do meu rosto, olhando minha boca. Meu Deus, que loucura, meu irmão estava no chão.
_Eu não esqueci nenhum dia aquele pedido.
Engoli em seco. Ele não estava falando da última vez quando mandei que viesse terminar nossa noite de amor no meu quarto estava? Não iria deixar que me tocasse, não ia...
_A gente pode ir pra longe da pessoa que a gente quer, mas não pode querer que ela fuja da gente, porque parece está dentro, impregnado como esse maldito perfume... Sente?
Fechei os olhos, engolindo em seco, tentando não me descontrolar, com o pau já duro.
_Por favor, não faça nada, Ric, volte pra onde veio, me deixe em paz.
_Não é isso que quer.
_Não pode saber o que eu quero.
_Sim, eu sei, eu soube cada dia.
_Não..._afastei o rosto e não deixei que me beijasse, mas ele forçou pra que eu deitasse e já estava sentado sobre mim. _Eu vou gritar..._ameacei.
_Ele não vai acordar..._sorriu, segurando meus pulsos. _Nando, diz que não quer me beijar. Se conseguir falar isso eu prometo voltar a dormir.
Eu fiquei mudo, sofrendo, subjulgado, pressionado, o peito queimando num aperto.
_Eu não quero querer..._respondi e ele sorriu o sorriso mais lindo e sedutor que um homem poderia ter e afrouxou a força nos meus pulsos, acariciando meus braços e descendo com a sua boca quase na minha. _... Eu não vou conseguir parar...
_Eu não vou te deixar parar dessa vez..._ofereceu o pescoço e eu aspirei a pele quente, beijando e chupando-a sem me preocupar se deixaria marcas. Era totalmente insanidade estar com meu namorado dormindo no chão...
Aguarrei Ric, abracei-o com força enquanto nossas bocas se beijavam apaixonadamente. Ele arrancou sua camisa e chupou meu queixo.
_Eu não me perdoaria se Vini acordar...
_Eu não me perdoaria se não te amasse agora mesmo!_chupou pescoço e orelha num único golpe, dedilhando e bagunçando meu cabelo, mordendo e me marcando. _Eu te desejei não menos que nenhum dia, Nando, eu sou louco por você..._mergulhou a mão e encontrou o volume na minha cueca. Fechei os olhos e fiquei controlando a respiração pra não fazer nenhum barulho, nenhum gemido. _Eu não queria vir porque sabia que isso ia acontecer, eu ia querer isso..._ enfiou os dedos afastando o elástico e acariciando os pêlos grossos do meu pau. _Você é tão delicioso..._beijou-me e com a mão direita pra baixo tirou minha pica pra fora. Ajudei-o descendo mais para as coxas a cueca._... Que pau melado, é todo pra mim?
_Consegue colocar todo na boca?_desafiei.
Ric mergulhou por baixo do edredom e todo encoberto, chupou minha pica. Eu fechei os olhos e guiei sua cabeça pra cima e pra baixo, contraindo o abdmen. Delirava de prazer, abria as pernas e mordia a boca, em silêncio. Sua baba escorria da boca e seu trabalho precisava de mais espaço, então se livrou da minha cueca, abriu mais as minhas pernas e eu quase quase urrei com as lambidas entre o saco e o cú. Olhei pro lado, Vinícius dormia profundamente de bruços.
Ric chupava como o único dono daquele pau e com o anelar dedou meu cú mergulhando fundo. Eu não ia aguentar mais sem gemer, sem gritar que queria tudo, sem gozar falando todas as obscenidades que percorriam minha cabeça.
A porta estava sem passar a chave, Meu Deus, era 4 da manhã, mas a casa estava cheia de familiares que podiam chegar a qualquer momento. Ric parecia um estrangeiro que desconhecia regras. Saiu do edredom suado e beijou-me. Senti então nossos paus se roçando e sorri, pegando seu queixo, adorando sua cara de travesso. Envolvi-o e com seus braços sobre meus ombros nos beijamos longamente por minutos, acariciando cada parte dos nossos corpos. Era o maior prazer e amor do mundo aquele contato. Pernas presas uma na outra.
_Hoje, eu vou te possuir..._disse olhando-me nos olhos e não havia mais inocência em seu rosto forte e mais definido._... Aqui, do lado do seu namorado, pra você saber quem é dono desse corpo.
Eu engoli em seco e virei-me, apreensivo. Não sabia se poderia dar conta quieto.
_Diz que estava até hoje esperando por isso...?_ sussurrou no meu ouvido arrepiando os pelos da minha nuca e costas. Abri a boca e soltei o ar, arregalando os olhos lacrimejantes quando ele penetrou meu cú babado. Apertei o travesseiro e senti o rosto queimar vermelho. Sua respiração na minha bochecha. _... Me recebe, amor..._pediu e a palavra "amor" relaxou todo o meu corpo, permitindo que sua pica entrasse inteira rabo a dentro, abrindo o caminho. O seu túnel particular. Suas mãos se entrelaçaram sobre a minha e ele começou um vai vem gostoso. _Eu vou gozar dentro de você. _disse no meu ouvido. _Seu namoradinho te deixa assim?
Ele falava de Vini, mas eu não sentia que havia alguém além de nós dois.
Puxou meu cabelo da nuca pra virar o rosto pra ele e beijou minha boca, socando no meu cú vigorosamente, me possuindo forte. Eu era inteiramente seu. Deitou-se sobre minhas costas musculosas, seus mamilos duros me alfinetando por trás e a boca babando friccionando a minha pele enquanto me comia e rebolava abrindo mais meu rego em círculo com sua vara de pau dura e faminta.
_Eu vou gozar...Hummmm_ gemeu baixinho e senti dor com a violência do seu desejo, apertei até quase quebrar seus dedos entre os meus e ele esporrou dentro do meu rabo, mordendo meu ombro, sem dó das marcas que ia tatuando no meu corpo.
Escorregou pro lado e eu tive que ampará-lo em meus braços pra que não caísse no chão, pois a cama era de solteiro. Sorri, feliz, maravilhado com seu lindo rosto de prazer alcançado.
_Você mexe comigo, garoto. Só você, sabe disso._colei-me a sua boca apaixonado, sem ressalvas. _Eu te amo loucamente, sempre te amei..._parei de falar quando senti meu pau agarrado por sua mão. Eu queria comê-lo também, mas não conseguia me descolar daquele beijo que tanto esperei por cinco anos. _Eu não conseguia te esquecer... hummm_gemi, mas ele aprofundou o beijo e caprichou na punheta. _Ohhh...._gozei forte, enchendo sua mão e meu edredom de muita porra; Terminei beijando seus dentes, porque ele abriu um sorriso de vitória.
_Como vamos explicar as marcas?_Deitou a cabeça no meu peito, abraçados.
_Você mudou o rumo de tudo não percebe?_ olhei pra baixo e ele levantou o rosto pra mim. _Eu vou ter que terminar com Vini e você vai voltar pra cá, pra cá onde é seu lugar. Não vai?
Ele ficou em silêncio e senti um golpe. Puxei seu cabelo e o olhei sério, ameaçador.
_Você assumiria isso?
_Você não?_perguntei irônico depois de termos tranzado daquela maneira.
_Como vai ser?_quis detalhes, ele confiava em mim, apesar de ser mais impulsivo.
_Nossos pais vão se mudar para um apartamento perto da costa. Você vai morar aqui comigo e vamos ocupar o quarto principal e você vai dormir na minha cama, desse jeito e eu vou te amar toda noite, várias vezes.
Ele sorriu.
_Está bom pra você?
_Se tiver você, Nando... _ estalou um beijo no meu lábio sensível de tanta mordida e beijos. _Então, está perfeito pra mim. _apertou-me e beijou meu peito, enquanto eu cheirava seus cabelos sedosos, depositando ali vários beijinhos.
Era madrugada, estávamos na cama, mas eu não queria acordar daquele sonho mais. Fim

COnto retirado da casa dos contos 

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